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Caso Roswell: Ex-enfermeira alegou contato com alienígena por 60 anos

Matilda O’Donnell Mayes teria participado de autópsias e interrogatórios telepáticos em 1947, mas evidências contradizem relatos

A história de Matilda O’Donnell Mayes representa uma das alegações mais controversas relacionadas ao incidente de Roswell. A suposta ex-enfermeira militar afirmou ter mantido contato direto com um sobrevivente alienígena durante 60 anos, revelando detalhes em 2007 que geraram intenso debate na comunidade ufológica.

O caso ganhou notoriedade através do livro “Alien Interview”, publicado pelo escritor Lawrence Spencer em 2008. Segundo Spencer, Matilda teria enviado documentos, transcrições e fotografias por correio antes de sua morte, revelando participação em eventos extraordinários no Novo México.

As alegações, porém, enfrentam questionamentos significativos sobre autenticidade e consistência histórica.

Matilda afirmou ter servido como sargento mestre sênior na divisão médica da Força Aérea em 1947, aos 23 anos. Segundo seu relato, foi designada inicialmente como motorista de oficial militar enviado para investigar o incidente, mas suas habilidades de enfermagem a levaram a participar diretamente dos procedimentos médicos.

A ex-militar descreveu ter encontrado dois corpos não-humanos no local do acidente. Um estava morto, mas o segundo permanecia vivo e consciente. Este sobrevivente, identificado como “Airl” (entidade feminina), teria estabelecido comunicação telepática exclusivamente com Matilda.

Durante semanas, Matilda alegou ter conduzido interrogatórios telepáticos documentados pelas autoridades militares. Seu salário teria dobrado devido à importância da missão, e ela recebeu promoção por suas contribuições únicas ao projeto.

Através das supostas comunicações telepáticas, Airl teria revelado informações sobre sua origem e missão. A entidade pertenceria a uma “força expedicionária” com base no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, representando civilização muito mais antiga que a humanidade.

O conceito mais controverso apresentado foi a Terra como “prisão cósmica”. Segundo as alegações, prisioneiros de diversas civilizações teriam sido enviados ao planeta há 30.000 anos, incluindo criminosos e indivíduos que não se adequavam aos valores do “Velho Império”.

A entidade utilizava um “corpo de boneca” (doll body) – estrutura biológica controlada remotamente pela consciência. Quando este corpo cessou de funcionar, Matilda perdeu contato com Airl, encerrando as comunicações.

Créditos do Vídeo : Canal Ei Nerd

Investigações posteriores identificaram múltiplas inconsistências históricas no material apresentado por Spencer. A patente de “sargento mestre sênior” só foi criada pela Força Aérea em 1958, onze anos após os eventos alegados.

Análises textuais revelaram uso de terminologias inexistentes em 1947, como “computador” e “banco de dados”. Documentos datados seguem padrão britânico (9/7/1947) em vez do formato americano padrão (7/9/1947).

Registros militares oficiais de Roswell não apresentam nenhuma Matilda O’Donnell Mayes entre o pessoal médico da base em 1947. A própria Força Aérea americana só foi oficialmente estabelecida após os eventos descritos.

Pesquisadores identificaram similaridades significativas entre as revelações de Airl e doutrinas da Cientologia. Conceitos como Terra-prisão, corpos artificiais e civilizações galácticas antigas são elementos centrais desta organização religiosa.

Lawrence Spencer foi membro da Cientologia durante décadas antes de abandonar o grupo. Esta conexão levanta questionamentos sobre a origem real das informações apresentadas no livro.

O ufólogo Bill Ryan declarou publicamente: “Infelizmente, trata-se de uma fraude definitiva” e afirmou que o material “desonra testemunhas legítimas de fenômenos ufológicos”.

Spencer admitiu ter mantido apenas um contato telefônico de 20 minutos com Matilda em 1997. Todo material subsequente chegou por correio ao longo de 10 anos, sem verificação presencial da fonte.

Após a publicação, Spencer alegou ter destruído todas as evidências originais, deixando apenas o livro como prova. O próprio autor incluiu disclaimer classificando a obra como “ficção” para fins legais.

A comunidade ufológica mainstream rejeita amplamente as alegações de Matilda, considerando-as fabricação baseada em elementos da cultura popular e doutrinas religiosas alternativas.

O caso permanece como exemplo das dificuldades em verificar alegações extraordinárias sobre Roswell, demonstrando a importância de análise crítica e verificação documental em investigações ufológicas.

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