A Capcom chocou fãs ao anunciar que Leon S. Kennedy não será o protagonista de Resident Evil Requiem. Mas por que essa decisão, que gerou tanta controvérsia, pode ser a chave para um terror ainda mais profundo e eficaz? Descubra como a experiência de Leon o torna inadequado para o verdadeiro horror psicológico e por que a escolha de Grace Ashcroft é um acerto para a franquia.
O que você precisa saber:
- Capcom confirmou que Leon foi considerado, mas descartado para RE Requiem.
- Experiência do personagem conflita com mecânicas de terror psicológico.
- Grace Ashcroft foi escolhida para criar conexão emocional genuína.
- Design de jogos de terror requer protagonistas vulneráveis.
A Capcom surpreendeu fãs ao revelar que Leon S. Kennedy, ícone da franquia Resident Evil, foi deliberadamente excluído de Resident Evil Requiem. A decisão gerou controvérsia, mas uma análise mais profunda revela que os desenvolvedores tomaram a escolha certa para maximizar o impacto do terror.
A Psicologia Por Trás do Terror em Games
O terror efetivo em videogames depende fundamentalmente da identificação emocional entre jogador e protagonista. Quando o personagem demonstra medo genuíno, o jogador experimenta essa emoção por procuração.
Elementos essenciais do protagonista de terror:
- Vulnerabilidade emocional autêntica.
- Reações proporcionais às ameaças.
- Evolução gradual da coragem.
- Conexão empática com o jogador.
Leon Kennedy, após décadas enfrentando bioterrorismo, simplesmente não possui mais essa vulnerabilidade necessária. Sua experiência o transformou em um “super-herói” do universo Resident Evil.
Por Que Leon Não Se Assusta Mais
Análise comportamental do personagem:
Em Resident Evil 2 Remake, Leon ainda demonstrava choque inicial ao descobrir o surto zumbi. Contudo, mesmo nesse cenário, suas reações eram mais de surpresa que terror genuíno.
Em Resident Evil 4, Leon já aplicava suplexes em criaturas grotescas sem hesitação. Durante a sequência dos Regeneradores – considerada a mais assustadora do jogo – o personagem mantinha compostura total, criando desconexão emocional com a experiência do jogador.
Dados reveladores:
- Leon enfrentou mais de 15 surtos bioterroristas.
- Sobreviveu a ameaças desde Raccoon City até situações globais.
- Desenvolveu imunidade psicológica ao horror.
Grace Ashcroft: A Escolha Estratégica
A protagonista de Resident Evil Requiem representa o oposto perfeito de Leon. Como analista do FBI investigando a morte misteriosa da mãe, Grace carrega vulnerabilidade emocional genuína.
Vantagens narrativas de Grace:
- Conexão pessoal com a trama (Hotel Wrenwood).
- Inexperiência com ameaças sobrenaturais.
- Evolução paralela ao jogador durante a experiência.
- Reações autênticas de medo e tensão.
Koshi Nakanishi, diretor do jogo, explicou que Grace foi projetada para “evoluir junto com o jogador”, espelhando a jornada emocional de quem está descobrindo os horrores pela primeira vez.
O Impacto no Design de Gameplay
Mecânicas de terror psicológico funcionam melhor com protagonistas inexperientes:
- Sistema de sanidade reflete estado mental vulnerável.
- Progressão de habilidades espelha adaptação gradual.
- Momentos de tensão geram impacto genuíno.
- Surpresas narrativas mantêm efetividade.
Leon, com seu arsenal de experiências, tornaria essas mecânicas artificiais e forçadas.
Comparação com Outros Protagonistas de Horror
Protagonistas efetivos do gênero terror:
- Ethan Winters (RE7/8): Pai desesperado, vulnerável.
- Isaac Clarke (Dead Space): Engenheiro comum em situação extrema.
- Harry Mason (Silent Hill): Pai procurando filha desaparecida.
Todos compartilham vulnerabilidade emocional e motivação pessoal que Leon não possui mais.
Leon Ainda Pode Aparecer em Requiem?
Rumores persistem sobre participação de Leon como personagem secundário ou em flashbacks. O insider DuskGolem sugere que a Capcom está “provocando” os fãs, indicando possível surpresa.
Possibilidades realistas:
- Aparição em cutscenes como veterano experiente.
- Mentor para Grace em momentos específicos.
- Presença em documentos ou gravações.
- Participação em DLC focado em ação.
A Evolução Necessária da Franquia
Resident Evil Requiem marca retorno às raízes do terror psicológico após anos focando em ação. A escolha de Grace sobre Leon simboliza esse direcionamento estratégico.
Benefícios da mudança:
- Renovação da experiência de terror.
- Atração de novos jogadores.
- Diferenciação de outros títulos da série.
- Inovação em narrativa e gameplay.
A franquia precisa equilibrar nostalgia com inovação, e protagonistas frescos são essenciais para essa evolução.
Terror Autêntico Requer Vulnerabilidade
A decisão da Capcom de excluir Leon Kennedy como protagonista de Resident Evil Requiem demonstra maturidade criativa e compreensão profunda do que torna o terror efetivo. Grace Ashcroft oferece a vulnerabilidade emocional necessária para uma experiência genuinamente assustadora.
Para os fãs de Leon, sua ausência como protagonista não diminui sua importância na franquia. Pelo contrário, preserva a integridade do personagem enquanto permite que Resident Evil Requiem explore novos territórios narrativos.
Próximos passos: Aguarde mais revelações sobre Resident Evil Requiem, que chega em 27 de fevereiro de 2026 para PS5, Xbox Series e PC.

Entusiasta e analista de cultura pop. Aqui no ClipSaver, compartilho minha paixão por séries, filmes, quadrinhos e games, explorando como essas histórias moldam nosso imaginário coletivo. Acredito que a cultura pop vai além do entretenimento – ela reflete quem somos e conecta pessoas através de experiências compartilhadas. Junte-se a mim nessa jornada pelos universos que nos fascinam!





